Por: Márcia Rocha em Planeta Sustentável
Diários de Bicicleta
David Byrne
Editora Amarylis/ed. Manole, 2010 |
Em Diários de Bicicleta, Byrne conta suas incursões ciclísticas por cidades como Istambul, na Turquia, Buenos Aires, na Argentina, e Londres, na Inglaterra, só para citar três exemplos. E fala sobre aquelas que são mais amigáveis aos ciclistas - caso de Berlim, na Alemanha, Amsterdã, na Holanda, e de Melbourne e Adelaide, na Austrália.
Ele defende o uso da magrela como meio de transporte sem focar somente na questão da poluição ambiental - e esse é provavelmente um dos grandes méritos do livro. Os argumentos que ele usa para sustentar seu ponto de vista podem até ser vistos como um pouco egoístas, mas nem por isso são menos legítimos: a rapidez na locomoção, a maravilhosa sensação de liberdade que um passeio de bicicleta pode proporcionar ("O bastante para me manter nos eixos o resto do dia", escreve ele), um jeito agradável de fazer exercícios e a possibilidade de interagir mais com as pessoas e com a cidade, já que, segundo Byrne, um estilo de vida que gira em torno de automóveis é insustentável, em longo prazo, e desgastante no curto prazo. Isso em meio a reflexões sobre arte, arquitetura, planejamento urbano, comportamento, filosofia, moda etc. Tudo com bom humor, certa dose de ironia e um texto despretensioso, fácil de ler.
Com prefácio de Tom Zé, um dos artistas brasileiros que já teve trabalhos lançados internacionalmente por Byrne, o livro traz fotos tiradas em algumas cidades por onde ele passou, bem como divertidos projetos de bicicletários temáticos enviados ao Departamento de Transportes de Nova York . Não dá para deixar de mencionar também a simpática bicicletinha desenhada no pé da página que "anda" à medida que se avança na leitura.
Diários de Bicicleta, de Davis Byrne, faz parte do acervo da Biblioteca Comunitária da Ponte Grande.
Nenhum comentário:
Postar um comentário